segunda-feira, 14 de setembro de 2009


VIDAS SOLITÁRIAS

(Neuza Maria Spínola)



Brilha nos teus olhos uma lágrima em declínio;

Olhar distante e vago, entre perdidas saudades!

Escorre depressa, e se esconde em seu domínio,

Como chuva leve, a cair escondida,sem vaidade.

Gotas da desilusão que simplesmente aflora,

Noite escura que anseia pelo surgir da aurora,

Esperando ver os amantes que se foram tristes,

Não morrerem da eterna desilusão que o amor provoca;

Lá fora, tantas vidas em seus ódios sufocando,

Deitam-se juntas, sem nenhum amor no entanto,

Seguem o mesmo curso e rumoreja o eterno pranto,

Da triste solidão em que seus rios vão passando...

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