sábado, 1 de outubro de 2011


Pudor.
J. Norinaldo


Entre curvas perfeitas perigosas lascivas
Nos montes e vales cascatas e fontes,
Do corpo é o desejo talhado a cinzel,
A virtude se esconde ao ver-te sem véu,
Nos lábios rosados purpúreos perfumados,
Poema criado por alguém lá no céu.


Colunas de alabastro sustentam esse templo,
Entre as colunas o átrio róseo se esconde num bosque,
Triangulo fendado, bilabiado, misterioso e profundo,
Causa de guerras entre os homens na terra.
Tesouro valioso quando bem guardado,
Desvalorizado é vulgar aos olhos do mundo.

A taça suprema que traz vida ao mundo
A apoteose que enlouquece e domina
O guerreiro mais forte grita e geme sem dor,
Se rende humilde ao sacrifício indolor;
Gladiadores que sentem a vida exaurir-se,
Quando penetram com a lança a taça do amor.

Tem tantos nomes esse templo secreto,
Por alguns inauditos por puro pudor,
Exala o perfume que atrai loucos beijos.,
Os poetas o cantam em versos guardados.,
Inspiram-se em noites de sonhos molhados...
De embate de amantes num mar de desejos.


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